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[Review] American Horror Story: Asylum S02E06 - The Origins of Monstrosity



Somos todos criaturas de Deus, porém, não estamos imunes aos demônios ou primórdios de nossas origens. Dando uma pausa no ritmo frenético dos últimos cinco episódios, Asylum se permite um momento mais que oportuno para contar a origem de seus principais “vilões”, já que nossos “heróis” tiveram boa parte de seu passado revelado. É com grande prazer que eu parabenizo a tentativa bem sucedida de humaniza-los. O que me deixa ainda mais apreensivo é o fato de que apesar de entendermos melhor a psicopatia de Oliver Thredson, ou a obsessão de Arthur Arden em ser um “Deus da ciência”, esse fato não os torna menos perigosos ou descontrolados. Lana continua no cativeiro de Thredson, e Dr. Arden finalmente conseguiu o domínio do Briarcliff. Esses acontecimentos só significam uma coisa: mais horror.

Ao passo que o Bloody Face deixa de ser uma figura mítica, o presente do Briarcliff começa a fazer sentido. Três “impostores” aterrorizaram o casal Morrison, mas o responsável por Leo ter perdido o braço, foi o assassino original e, a meu ver, deve ter sido a presença da namorada do fotógrafo que reascendeu os desejos de Thredson, isso se for ele por detrás daquela máscara. Para quem conhece a capacidade que Zachary Quinto tem de assombrar com suas expressões faciais (saudades Sylar), as cenas em que ele conta de forma detalhada a origem do Bloody Face só demonstra que o ator vai continuar sendo lembrado por personagens incomuns. Mas ele não estava só, Sarah Paulson conseguiu passar a angústia de Lana em cada cena e as lágrimas da atriz eram de uma realidade impressionante, impossível não sofrer junto com a repórter.

Se de origens o episódio foi construído, nada como ver o surgimento de outro psicopata. A pequena Jenny Reynolds guardava todas as características que Thredson disse que possuía. Inteligente, solitária, fria e triste, o instinto assassino da garota era suplantado por uma figura que talvez representasse seu lado sombrio (o homem com barba e casaco marrom). Eu não me surpreenderia se no futuro ela passasse a se vestir dessa forma para continuar matando. Que escolha acertada foi a de Sister Jude colocar a “amável” Sister Mary Eunice para cuidar da garota enquanto decidia o que fazer com ela. A irmã endiabrada continua roubando todas as cenas para si. O discurso que começou com a frase “Eu sei de tudo. Eu sou o Diabo” foi empolgante e, além de colocar Jenny em contato definitivo com seu monstro interior, mostrou que de certa forma a escuridão que se encontra na jovem freira está apenas expondo seus desejos mais profundos de ser alguém.

O eterno embate entre Sister Jude e Dr. Arden continuou. O caçador de nazistas confirmou a história da outrora Anne Frank, mas para poder denunciar o doutor, ela precisava de suas digitais. Arden também teve de enfrentar as revelações sobre o destino de Shelley, e dessa vez foi monsenhor Timothy o seu algoz. Eu até julguei o padre há alguns episódios, mas ele não passa de mais uma peça na ambiciosa pesquisa do nazista. O flashback que revelou o acordo dos dois colocou mais uma carta no jogo, e o tal coquetel de imunidade que serviria como o novo passo da seleção natural talvez seja a explicação para Thredson aparecer com o mesmo físico nos dias atuais, é uma possibilidade.

Depois da chantagem, não restou outra opção ao monsenhor a não ser retirar Sister Jude do encalço de Arden. E por mais que ela ainda achasse que teria uma chance de virar o jogo, mais uma vez a presença de Sister Mary Eunice foi decisiva. De engraçada a assustadora numa mudança de cena, a mesma Sister Mary que dançava na cobiçada lingerie vermelha de Sister Jude (eu ri muito da cena) matou sem piedade o caçador, e agora é ela e Arden que estarão à frente do manicômio. Pelo menos Sister Jude sabe que uma de suas freiras foi a responsável pelo assassinato, resta saber se ela vai conseguir chegar à identidade dela.

Brilhante mesmo foi entendermos numa simples cena o porquê de Thredson ter escolhido Lana como sua “verdadeira” figura materna. Já sabíamos que ela tinha ido ao Briarcliff por querer uma matéria com Kit, e por algum tempo ela julgou o jovem de forma errada, mas inicialmente ela o enxergava como a figura que Thredson realmente é. E foi a possível compaixão que conquistou o psiquiatra. Por quanto tempo Lana vai jogar o jogo doentio do Bloody Face eu ainda não sei, mas o que quero mesmo entender é como a trama no presente vai se mostrar significativa aos acontecimentos do passado. No mais, estudos de personagens continuarão sendo bem vindos.

P.S.: Época de premiações chegando, e se metade do elenco de Asylum for indicada, já que a maioria está tendo destaque, eles já tem minha torcida garantida.
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