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[Review] Dexter S07E09 - Helter Skelter

Spoilers abaixo:


Spoilers abaixo:

Não há duas emoções humanas mais fortes que o medo e o amor. De muitas formas, elas não diferem muito. Ambas podem incitá-lo a fazer loucuras. Dizer ao próprio irmão que está apaixonada por ele. Arriscar a própria vida para caçar o homem que tirou seu amado de você. Ou fazer algo que te mata de medo, porque pode estar apaixonado.”

Com essa introdução, os roteiristas criaram toda a base do episódio. Aliás, acho que nunca vi um pensamento do Dexter que fosse refletir tanto durante seus cinquenta minutos de episódio. Esse trecho ficou na minha cabeça de uma forma tão intensa que, como nunca tinha feito antes, aproveitei 100% de um episódio de Dexter. Ao longo da trama, inimigos se juntam e laços são fortalecidos. Vingança? Medo? Amor? Quem disse que as emoções sempre serão menos relevantes do que a razão? E porque não podemos ter aquela reação emotiva quando nos deparamos com problemas que aparentemente fogem da lógica? É, tudo isso saiu de apenas um episódio...

Servindo pra amarrar algumas pontas e encerrar alguns dos arcos, Helter Skelter foi aquele tipo de episódio onde tudo parece estar interligado. Conhecemos Dexter há muito tempo para saber que isso é uma característica significativa do seriado e nessa temporada, apesar do novo foco, não seria diferente. Debra está envergonhada e não consegue encarar Dexter, que tenta explicar que o que ela sente é lógico, uma vez que são as únicas coisas constantes na vida um do outro.


Isaak continua sendo ameaçado por George, que manda dois assassinos profissionais para matar o chefe da máfia. A única saída encontrada pelo ucraniano é pedir ajuda ao homem que jurou matar. Dexter não aceita a proposta inicialmente, mas o desespero de Isaak é tão grande, que ele sequestra Hannah para usar como chantagem. Agora aliados, Dexter vai atrás dos assassinos para salvar a mulher pela qual está apaixonado, e pede ajuda à Debra para tentar encontrar Hannah, caso Isaak o traia.

A atuação de Jennifer Carpenter é sempre algo muito bom de assistir, e nesse episódio não seria diferente. As expressões de desgosto e raiva ao longo do episódio passam de uma forma sólida as emoções de uma mulher que, ao contar que está apaixonada, se vê numa situação onde tem que salvar a “rival”. Nessa busca, acaba encontrando o local onde Hannah estava sendo mantida, mas ao chegar lá, se depara com um capanga de Isaak morto e Hannah esfaqueada.

Dexter então arma um plano com Isaak para matar o ultimo homem, porém, George descobre onde eles estão e dá um tiro em Isaak, que se recusa a ir para um hospital. Seu último pedido é se juntar “à única coisa que dava sentido para a minha vida em Kiev”, ou seja, ser jogado ao mar. Nessa cena, Isaak conversa com Dexter sobre os seus sentimentos, e o faz ver que ele realmente ama Hannah, coisa que não admitia até então. Dessa forma, o arco da máfia é encerrado quase por completo, faltando apenas a relação de Quinn e Nadia que foi tão entediante quanto sempre. Aliás, acho Quinn um personagem um tanto quanto desnecessário e que poderia facilmente ser eliminado.


LaGuerta continua sua investigação, e dessa vez pede a ajuda de Tom, o antigo tenente que ela derrubou para assumir o lugar. Ela pede ajuda, e ele recusa inicialmente, mas acaba concordando em analisar a teoria de que o BHB continua vivo. Paralelo aos arcos principais, uma série de supostos suicídios por fogo é investigada pela polícia de Miami. Dexter, no entanto, acredita que alguém está matando essas pessoas.

Quando reencontra Hannah, ela está sendo interrogada por uma Deb furiosa. Numa cena bastante intensa, Dexter começa a falar sobre seus sentimentos, deixando Hannah com uma expressão bastante confusa. Digo que a cena foi intensa por ser diferente do que estamos acostumados. Enquanto vimos por seis anos e meio um Dexter que escondia ou parecia não possuir sentimentos, ficamos tão surpresos quanto Hannah com a abertura emocional demonstrada no final do episódio.


No final das contas, percebemos que a razão é apenas uma maneira que encontramos de achar que possuímos algum controle. Quando sentimos qualquer ameaça, seja à nossa própria vida ou aquela de quem amamos, nossas verdadeiras cores são reveladas e as emoções tomam conta de uma forma que beira a insanidade. Nesse episódio, os roteiristas deram para Dexter, Isaak e Debra um conflito tão grande de razão versus emoção, que muitas vezes nos passa despercebidos em outros seriados, e a maneira que esse assunto foi abordado em Dexter me mostrou o porque de a série fazer tanto sucesso.
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