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[Review] Fringe S05E06/07 - Through The Looking Glass and What Walter Found There/Five-Twenty-Ten

Esta série...


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S05E06 - Through The Looking Glass and What Walter Found There

Ao terminar de ver este episódio, quem não o conecta imediatamente ao querido LSD, o episódio 19 da terceira temporada? Por muito pouco, Through The Looking Glass and What Walter Found There não pôde ser considerado um "episódio 19". Afinal, este episódio significou muito mais do que apenas sua estranheza na superfície.

Tivemos que dar uma pausa na sequência de episódios tristes e comoventes - afinal, precisamos nos recuperar de tantas lágrimas. Em vez disso, fomos agradados com a maravilhosa criatividade de nossos roteiristas. Este episódio representou a nostalgia dos anos mais simples da série; tivemos tantas referências a episódios anteriores, incluindo glyphs!, que foi difícil não se manter atento a cada cena. Sinceramente, não há muito o que comentar sobre Through The Looking Glass and What Walter Found There, pois grande parte da história esteve, como sempre, em pequenas cenas: o medo de Walter em se tornar aquele homem sério e cruel de antes; Olivia e Peter assistindo à gravação final de Etta, juntos, cada um com uma emoção diferente no olhar - Olivia com orgulho da própria filha, desejando livrar o mundo dos Observadores para honrar Etta, e Peter com ódio, desejando derrotar os Observadores para vingar a filha. É sempre interessante ver esses jogos de personagens, típicos de Fringe. 

Vale exaltar também as cenas de ação deste episódio. A quinta temporada vem sendo uma odisseia de emoções, dando prioridade às pequenas cenas do que aos grandes momentos de ação. Entretanto, quando decide fazer uma cena mais agitada... o clímax do episódio representou isto. Em vez de superproduzir e etc. com vários efeitos, a luta de Peter contra o Observador foi fria o suficiente para remarcar os poderes, a transformação de seu corpo. Sem contar a perseguição no "universo de bolso", que foi criativa e surpreendente - justamente por não obedecer as leis da lógica! É isso o que eu gosto tanto em Fringe: quando a série sai de nosso mundo, é pra valer. O "universo de bolso" foi mais uma das provas de que são "infinitas impossibilidades". E não se pode falar deste episódio sem mencionar as inúmeras referências à Alice e 1984.

Through The Looking Glass and What Walter Found There foi um episódio divertido numa temporada cercada de tragédias, quase como uma pausa para mais e mais tragédias. Agora, vamos voltar com o pé no chão, e continuar a guerra.
S05E07 - Five-Twenty-Ten

Que episódio foi esse?! Com certeza, um dos melhores da quinta temporada, quiçá da série inteira. Todas as marcas desta temporada foram maximizadas nestes quarenta minutos: tensão máxima, emoção extenuada, luto, dor, perdas.

Five-Twenty-Ten foi, provavelmente, o episódio mais ousado da temporada até agora. Não só deu continuidade ao plano para derrotar os Observadores, como trouxe nostalgia e mesmo terrorismo! Voltar às origens das origens da série com a toxina do voo 627 foi arrepiante, perfeito, tanto quanto ver a transformação e o medo de Walter em voltar a ser aquele homem que não media esforços para atingir suas ambições malévolas. Mas nada supera a perfeita incarnação de Peter como Observador: cada cena foi misteriosa e bem feita, bem planejada (inclusive, a abertura do episódio foi uma das melhores da série, bem como todas as cenas em "primeira pessoa", nos olhos do Peter Observador -, até culminar no clímax: tanto o ataque quanto o quadro no apartamento de Etta. Peter por pouco não é um Observador: ele ainda é dominado pelo ódio. Mas a transformação chega aos poucos...

Enquanto isso, o resto da equipe lutava pra recuperar os cilindros, vulgos supositórios gigantes, que serão importantes para o resto do plano. É claro que só isto não daria ao episódio o status que ele tem: tivemos a volta de Nina Sharp, numa das tramas mais comoventes da série. A questão da humanidade, sempre presente, se mostrou aqui mais uma vez: William Bell poderia ser um traidor desumano... mas amava Nina. E Nina era algo tão importante para ele que uma mera foto sua merecia estar no cofre. Blair Brown teve uma de suas melhores atuações neste episódio.

Destaco, novamente, a nostalgia de Five-Twenty-Ten. No episódio passado, os glyphs ganharam vida ao se envolverem diretamente com a trama. Aqui, não é só o caso, nem a questão de Walter: mas os próprios personagens. A quinta temporada de Fringe tem sido algo como uma homenagem à própria série, ao pegar até mesmo fillers e dar sentido a eles.

A cena final serviu para marcar os rumos da temporada; The Man Who Sold The World, de Bowie, foi a metáfora perfeita tanto para Peter, quanto para Walter e Windmark - pelo que eles são, pelo que eles estão se tornando. Certamente uma previsão tenebrosa sobre o futuro da série. Mesmo Olivia foge da transformação de Peter...

É o fim de Fringe. Estamos mais próximos do que nunca. O destino é mais cruel do que nunca. Este foi o episódio mais surpreendente e cheio de reviravoltas desde The End Of All Things, na quarta temporada. Caramba, Five-Twenty-Ten talvez tenha sido tão surpreendente quanto The Day We Died. Agora, é esperar mais três semanas para o próximo episódio.
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