[Review] The Walking Dead S03E04 - Killer Within
“Sem mais coisas de criança... Pessoas vão morrer. Eu, sua mãe, e não há maneira de se preparar para isso.”
http://siteloggado.blogspot.com/2012/11/review-walking-dead-s03e04-killer-within.html
“Sem mais coisas de criança... Pessoas vão morrer. Eu, sua mãe, e não há maneira de se preparar para isso.”
42 minutos. O tempo necessário para me fazer sentir todas as
emoções possíveis. Esse episódio talvez tenha sido o mais marcante da série,
desde a morte da Sophia. Não pela chacina de zumbis ou pelas baixas sofridas
pelo grupo, mas pelas sensações transmitidas ao espectador. De calmaria, fui
levado de maneira brusca para o medo, a incerteza e a confusão.
Antes de comentar qualquer coisa da prisão, que foi o foco
do episódio, vou para Woodbury, onde os acontecimentos não tiveram tanta
intensidade. Quem rouba todas as cenas da cidade é Andrea, que se mostra cada
vez mais propensa a continuar “hospedada”
pelo Governador. Michonne e ela discutem, uma vez que a primeira não se mostra
confiante quanto às intenções do líder da comunidade, e deseja sair de lá o
mais rápido possível. Por outro lado, Merle mostra um lado humano bastante
diferente de tudo o que já vimos do personagem até o momento. Desejando
encontrar o irmão, este se prepara para partir de Woodbury.
Voltando para a prisão, o episódio começa com um clima de
mistério, no qual uma pessoa quebra a corrente de um dos portões da prisão, e
com pedaços de carne, começa a atrair zumbis. Dessa cena, somos jogados para mais
um dia normal de limpeza e arrumação. Todos estão no pátio, há uma discussão
com os prisioneiros que estão do outro lado, que pedem desesperadamente para
unirem-se ao grupo, Hershell está andando com a ajuda de muletas, tudo parece
bastante feliz e normal. Até que uma horda de zumbis aparece, o alarme da prisão
dispara. O caos se instala!
Enquanto tentam se defender como podem, o grupo acaba se
separando. Carol e T-Dog fogem para o
interior da prisão. T-Dog é mordido, mas não desiste de tentar ajudar Carol.
Quando vê o caminho impedido por zumbis, corre na direção desses e os segura
contra a parede, dando tempo de Carol fugir, em seu último ato. Muita gente
pode ficar feliz por isso, mas apesar dos apesares eu gostava bastante do
T-Dog, acho que a presença dele ali era de certa forma natural, já que ele
sempre esteve presente. Hershell e Beth se trancam atrás das grades, e só são
vistos a salvo no fim do episódio. Rick, Daryl, e Oscar fogem para o
interior da prisão em busca do gerador, para desligar o alarme que estava
atraindo cada vez mais zumbis para o interior da prisão. Dentro da sala do
gerador, outro prisioneiro aparece e ataca Rick. Daryl não pode ajuda-lo, a
arma de Rick cai e Oscar a pega. Ao matar o outro prisioneiro, prova sua
lealdade para Rick, que provavelmente vai deixar que ele e Axel se juntem ao
grupo.
O ápice do episódio, porém, acontece com Carl, Maggie e Lori.
Quem lê as minhas reviews sabe que eu não gosto da Lori. Considero ela uma
personagem chata, pois não contribuía em nada para o grupo, sempre com as
mesmas falas chatas além de se irritar com os mesmos motivos bobos. Fugindo dos zumbis, Lori entra em trabalho de
parto, e é ali mesmo, dentro da caldeira da prisão, que Maggie se vê obrigada a
fazer o parto de Lori. Como já foi dito antes, parto normal não funciona, o que
torna tudo muito mais traumático para Maggie.
Sabendo de seu destino, Lori e Carl tem uma despedida que eu considero como a redenção da personagem. Não tem como não se emocionar com aquela cena, principalmente quando mostra o flashback da segunda temporada, no qual Rick explica ao filho que todos irão morrer, inevitavelmente. De maneira bruta e rápida, Maggie consegue retirar a criança, que nasce sem problemas. É o momento seguinte que desespera, o saber inevitável de que alguém que estava naquela sala, deveria, em poucos momentos, matar Lori pela segunda vez. “Sem mais coisas de criança”, e Carl, em prantos, executa a tarefa que sabia que deveria executar.
Sabendo de seu destino, Lori e Carl tem uma despedida que eu considero como a redenção da personagem. Não tem como não se emocionar com aquela cena, principalmente quando mostra o flashback da segunda temporada, no qual Rick explica ao filho que todos irão morrer, inevitavelmente. De maneira bruta e rápida, Maggie consegue retirar a criança, que nasce sem problemas. É o momento seguinte que desespera, o saber inevitável de que alguém que estava naquela sala, deveria, em poucos momentos, matar Lori pela segunda vez. “Sem mais coisas de criança”, e Carl, em prantos, executa a tarefa que sabia que deveria executar.
A cena final é bastante forte, e é inevitável associá-la à
execução de Sophia na temporada passada. Com o grupo novamente reunido no
pátio, Maggie chega apenas com o bebê e Carl, e Rick entende o que aconteceu.
Quando, aparentemente, estava prestes a se resolver com sua mulher, quando
finalmente encontraram um lugar onde poderiam prosperar no mundo apocalíptico
em que viviam, essa partiu, sem volta. É com certo pesar que escrevo sobre essas mortes, apesar de
não possuir carinho por Lori, vê-la partir dessa maneira foi bem inesperado
para mim, T-Dog então, tão traumático quanto. É com uma mistura de sensações
que nos despedimos de dois dos personagens originais do seriado.
Um episódio excepcional, e como eu disse sobre o episódio
passado, estou sujeito a mudar minha opinião sobre o mesmo, e coloco o episódio
dessa semana como o melhor do seriado até o momento. A carga emocional,
misturada com a atuação, a direção, a fotografia e a maquiagem desse episódio,
mostram que a AMC está investindo fundo para elevar o nível do seriado cada vez mais.
Comparação com os quadrinhos: A morte de Lori foi alterada
para a versão televisiva. Na história original ela é baleada nas costas, dias
após ter o bebê.