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[Review] American Horror Story: Asylum 2x10 - The Name Game


Arriscado. É esta a melhor palavra para definir o retorno de Asylum. Os desdobramentos do primeiro capítulo da reta final me deixaram de queixo caído devido à rapidez com que tudo aconteceu. Eu não esperava certas despedidas ou mesmo viradas tão bruscas no jogo, e não me surpreende que tenha sido Sister Mary Eunice a verdadeira protagonista do segundo ponto de mutação na temporada. Mais do que um conto de horror, The Name Game foi uma verdadeira “odisseia” sobre os limites existentes entre o corpo e a alma.

De todas aquelas mentes atormentadas, a mais egocêntrica sempre foi Arthur Arden, então, o que fazer quando seu mundo, antes limitado pelas explicações científicas, sofre com a inserção real do sobrenatural? O médico nazista até tentou se mostrar superior diante do estado inimaginável de Grace, mas foi justo Pepper, a personagem mais improvável, que provou o quanto os sonhos de Arden são ultrapassados quando comparados aos planos dos misteriosos alienígenas. Destaque aqui para atriz Naomi Grossman que transformou sua Pepper num dos personagens mais marcantes da série, seu retorno foi tão incômodo quanto sua primeira aparição, e ainda ganhamos a verdade sobre o seu passado: Pepper é apenas mais uma vítima residindo naquele inferno.

A guerra (nenhum pouco fria) entre Sister Mary Eunice e Jude começou e, como esperado, as cenas entre as duas foram ótimas. De substituir a antiga vitrola por uma jukebox cheia de clássicos dos anos 60 ou submeter Jude a uma brutal sessão de eletrochoque que mudou por completo a percepção da antiga chefe do local, a irmã possuída não perdeu tempo e destruiu o que ainda restava da alma de Jude. O ápice do desequilíbrio mental foi a sensacional performance de The Name Game, confesso que ri, mas ao mesmo tempo achei totalmente plausível a liberdade tomada na cena. Fiquei cantarolando por horas.

Mesmo ambicioso, o monsenhor Timothy Howard sempre foi altruísta e, ao escapar do atentado de Leigh, encontrou nas reconfortantes palavras do Anjo da Morte a verdade cantada por Jude: Sister Mary Eunice é um demônio e precisa ser parado. A primeira tentativa de deter a freira roubou a “inocência” do monsenhor e a entregou diretamente nas mãos do mal. Consumido pela culpa, Timothy pede um último conselho a Jude. A cena dos dois na cozinha também foi incrível, de fotografia, trilha sonora e expressão confusa da Jessica Lange, o “Kill her!” dito por ela fechou o momento com um arrepio.

Com muitas tramas se encerrando, juntar as restantes também foi um acerto. O terror de ter Thredson como o psiquiatra oficial do Briarcliff só não consumiu Lana e Kit porque eles têm uma arma contra o psicopata. Às vezes tenho a sensação de que o Bloody Face do presente teve sua identidade entregue facilmente, seria ótimo se descobríssemos que, na verdade, Johnny é o filho de Grace, mas isso é só especulação. Quando Thredson descobriu Grace e Pepper na sala de Arden, eu quase achei que estava tudo perdido, Kit não resistiria a uma chantagem onde o seu possível filho fosse a barganha. E foi isso mesmo que o psiquiatra fez, ele só não contava com o novo nível “badass” da Lana, palmas para nossa jornalista mais sofrida.

Não tem como se acostumar com os momentos finais de um episódio de Asylum. Com dr. Arden decepcionado (outra bela cena foi aquela na floresta) e Sister Mary Eunice disposta a arrancar o último fio de esperança de Timothy, a despedida foi totalmente certa. A gente já sabe que Lily Rabe deu um verdadeiro show de atuação na temporada, sua despedida não seria num nível menor. Jogada da sacada em direção ao chão do Briarcliff e ganhando o último beijo do Shachath. Antes da última despedida entre o médico e a freira, Jude mostrou um breve arroubo de sanidade e cumpriu a promessa feita a Lana ao revelar a verdade sobre a repórter à Madre superiora. Mas foi em direção ao crematório que dr. Arden entregou o que restava de sua alma ao entrar no fogo com a única pessoa que um dia amou.

Dicas para Terceira Temporada

Ryan Murphy disse esta semana que teríamos dicas (ou dica) do possível tema da terceira temporada escondidas no episódio. Eu, particularmente, percebi duas possibilidades:

- A primeira música a tocar na jukebox de Sister Mary Eunice é I Put Spell on You, o feitiço cantado no clássico dos anos 60 pode ditar que o tema da próxima temporada seja bruxaria que, unida a inquisição, traria outra excelente mistura;

- Outra possibilidade veio da frase dita por Arden quando dava um fim às criaturas da floresta. A expressão “Finita lacommedia” faz referência a ópera italiana Pagliacci, que conta  a história de uma trágico romance envolvendo a encenação de uma peça dentro de outra onde o personagem principal é o palhaço Pagliacci. Um circo ou um teatro como ambientação seria sensacional também, una isto a triste relação entre atores atormentados e não teríamos uma má ideia.

Sendo assim,façam suas apostas sobre o possível tema do já aguardadíssimo terceiro ano da série.
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