[Review] The Carrie Diaries 1x02/03 - Lie With Me/Read Before Use

A audiência discorda, mas Carrie Diaries se mantém estável.

Devo revelar antes de qualquer coisa que eu não apostava nada na série, e jurava que não iria passar do piloto. Seja por ser o prequel de Sex and the City, ou por simplesmente manter uma linha mais juvenil que simplesmente não agrada e não desenvolve. Cá estou, tendo que falar tudo ao contrário, em dois episódios em que o crescimento contínuo dos personagens foi um alvo correto.

Começo a falar por Mags, a personagem que eu devo ser o único que assiste a série que a curte (talvez por ambas personalidades sejam a mesma). Mesmo sendo rasa e não passando da superficialidade, ela tem um carisma que me cativou. Ou seria a falta dele? Ela vai direto ao ponto em tudo que diz, não importa que o assunto seja apelativo ou não. Mesmo após o término com Walt, Mags não demonstrou remorso, ou melhor, nem teve tempo para isso e já estava comendo sanduíches e rindo com Dorrit.

Claro que a barra do segundo episódio foi a história entre a verdade e mentira. Walt vinha mentindo não só para sua namorada como para si mesmo a dois anos, e chegou uma hora que ele iria explodir. Não só por ficar esperando por ela durante horas, mas também por haver um limite onde a sexualidade o levaria. Maggie pode até ser uma babaca, mas o término foi o justo com o futuro que Walt pode ter na série.

E ainda temos que entender o lado dela: da falta. Não só do pênis do namorado, mas também da necessidade que ela tinha de um contato mais físico, tanto que o pediu para o Policial deitar com ela (aproveitando a ambiguidade do nome do episódio). E eu ainda havia dito que ela era rasa, mas se você foira fundo nesse plot, tem muito que sair dali.

Fiquei bastante chateado com o assanhamento de Sebastian para cima de Donna, mas o que me deixou mais indignado foi o beijo precoce dele e de Carrie. E também o "término" precoce. Qual a graça de colocar o casal num episódio e no próximo terminar? Gostei de Mouse com seu "peguete" de uma noite voltando, durante a exposição de arte que Larissa levou a todos.

"Exposição de Arte" essa que poderia ser chamada de "Exposição da Vagina". Foi canalhice ao extremo colocar Monica Penny abrindo suas pernas e mostrando sua vagina por uma moeda, e de tão canalha, foi engraçado pra caramba. Monica levando Carrie para a abrir as pernas também foi hilário, mas ela ainda é frígida, e não teve coragem.

O plot de Sebastião ter pego uma professora de história não me surpreendeu, e isso já é bem batido. Ele faz bem o papel do riquinho mimado (que é o único papel que o Austin Butler sabe fazer), que não sabe da história que teve um advogado lhe defendendo. E Carrie também foi burra em mexer nos arquivos do seu pai, sabendo que estava em alerta vermelho com ele. Ela pediu, e levou.

Senti falta de Walt no terceiro episódio, e espero que a próxima pessoa a ir para as baladas com Carrie em Nova York, seja ele. Lá ele vai poder se soltar (#Amo) e, quem sabe, se abrir com a moça sobre sua sexualidade. Mas lá no íntimo, Maggie deve saber o que aflige o seu ex-namorado, já que ele recusou um blowjob sem pensar duas vezes.

Carrie Diaries foi muito bem aceita pelo público, que está torcendo pela audiência da série subir e não beirar ao cancelamento como está. Mesmo para quem não assistiu Sex and the City, o entendimento e o modo que a estória está fluindo de um modo como se não precisássemos ver a série que deu origem a esse prequel.

P.S.: Dorrit tão irritante que comentar sobre ela me irrita.

P.S.2: Florzinha, Perereca, Perseguida, Pantera cor de Rosa: nunca mais serão apenas palavras comuns.

A razão de a nota ser contínua com a do piloto é por ser o que eu já mencionei no começo: A estabilidade da série. O segundo episódio não superou o primeiro, mas já o terceiro, superou ambos (tanto em comédia como na parte mais dramática da história). Todos os episódios foram bem dosados, e entrelaçados entre eles. Se a série continuar seguindo nessa linha, vai se manter encantadora até o final, e quem sabe nos mantenha aficionados para acompanhar, semana após semana.