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[Review] Fringe 5x12/13 - Liberty/Enemy of Fate (Series Finale)

I'll love you. Forever.


I'll love you. Forever.

Expectativas foram criadas. Preparações foram feitas. Os últimos meses foram, de fato, uma pequena gincana para os fãs de Fringe, incluindo este que vos fala. Meses desperdiçados, obviamente. Nada no mundo poderia nos preparar para esse final. Nada poderia conter nossas lágrimas, silenciar nossos soluços, endurecer nossos corações quando o relógio enfim anunciou o momento final. Em seu último suspiro, Fringe foi tudo aquilo que sempre foi, e mais. Em seu memento mori, a "pequena série que podia", a pequena série desvalorizada, a pequena série das sextas à noite, provou, mais uma vez, o papel que tinha em nossas vidas.

É coisa de louco, talvez vidas passadas, talvez destino. Acho que realmente não importa se você ou eu acreditamos nessas coisas; Fringe was meant to be. Com todos seus tropeços, todos os erros que nos sacolejaram, vieram também as vitórias. Vitórias quietas, silenciosas. Nenhum Emmy, nenhuma grande premiação, nenhuma audiência estrondosa e nenhum reconhecimento. Mas, caladinha em seu canto, Fringe sempre existiu. Fringe sempre foi, e sempre será, aquela série que uniu um mundo, muito além da tela da TV. Aquela série que nos fez não espectadores, mas escravos da magnificência e genialidade.

Quantas vezes não nos sentimos crianças novamente com as viagens de Walter? Quantas vezes não soltamos uma alta, genuína e inocente risada a cada tirada no pior momento possível? Quantas vezes não vibramos a cada beijo Polivia, a cada inimigo derrotado, a cada vitória brilhante? Quantas vezes não sentimos Fringe em cada batimento de nossos corações? Quantas frases, situações, personagens, vidas inteiras... lições que vamos levar para sempre. Lições de dor, de sacrifício, mas também de amor e esperança. Num mundo onde a humanidade parece trilhar um caminho egoísta e orgulhoso, Fringe me ensinou, nos ensinou, a ter esperança, a ter fé novamente. Nos ensinou a viver, cada dia, cada momento, cada pequena faísca de felicidade... cada sorriso que pode carregar consigo uma vida inteira forjada com cicatrizes e lágrimas - mas também com amor. Amor, em toda sua pureza e inocência.

Fringe nos ensinou a enxergar este mundo em que vivemos com outros olhos. Esse mundo onde nada faz sentido, esse mundo onde nós somos responsáveis por encontrar sentido para os desastres que acontecem todos os dias com pessoas boas, coisas que acontecem sem explicação. Fringe nos ensinou a admirar nosso mundo e nossas vidas ao criar seu próprio. Ao mostrar o puro coração humano. Ao mostrar até onde iríamos por amor. Cada ato, cada sacrifício que levaram ao momento final, em que Walter sacrificaria tudo o que poderia ter, e todo amor que poderia dar, para que as pessoas que amava pudessem viver uma boa vida. Uma vida de paz. E nem seria lembrado por isso. Ninguém jamais saberia. Um herói em silêncio. E esse é o maior amor, o maior presente, a maior tulipa branca que alguém poderia receber.

Todos nós vamos seguir a vida, claro. Mas aquele que se esquecer "daqueles que deixamos para trás", esquecerá também de todas as tulipas levantadas como uma bandeira de coragem e esperança. Esquecerá da vaga memória que mantemos viva, aquecida em nossos corações. Esquecerá esse admirável mundo novo, que com tanto júbilo conhecemos e acomodamos em nossa vida. Esquecerá da garota mais forte de todas; do homem que destruiu os universos; do menino do outro lado. A vaga memória, doce lembrança que viverá pra sempre. Eu poderia ver Fringe em todas as timelines, todos os universos... e a cada lágrima, cada queda, cada sorriso, cada crime e cada gentileza, cada brilho magnífico de felicidade e esperança, Fringe estaria viva. Fringe está viva.

Sentirei muita falta de todos esses personagens, todos os momentos que fincaram e se escreveram a talhos em meu coração. Sentirei falta de todas as provas de amor, de todas as tulipas brancas que eu poderia receber. Sentirei falta do universo paralelo. Das cenas fodásticas com Cortexiphan. Dos casos de toda semana, que desafiavam a lógica e inauguravam novas possibilidades. De Olivia. De Peter. De Broyles. De Nina. De Walter. De Alt!Olivia, Lincoln, Alt!Lincoln, Walternate, todos os Alt!. De Gene. De Astrix, Asteróide, Asgard, enfim, Astrid, e do mundo de felicidade, cheio de milk-shakes que ela poderia ter, sem sequer lembrar desse futuro terrível que aconteceu. Sentirei falta deles como sentiria se um grande pedaço de mim fosse arrancado - e percebo que realmente foi. Mas Fringe, de modo algum, estará morta. Afinal...

"Para nós, este é o fim de todas as histórias, e podemos dizer, com certeza, que todos viveram felizes para sempre. Para eles, porém, este foi apenas o começo da verdadeira história. Toda a vida deles neste mundo e todas as suas aventuras haviam sido apenas a capa e a primeira página do livro. Agora, finalmente, estava começando o Capítulo Um da Grande História que ninguém na terra jamais leu: a história que continua eternamente e na qual cada capítulo é muito melhor do que o anterior."
P.S.: Vocês não fazem ideia do que eu senti ao ver um monte de casos antigos da Fringe Division infectando os Observadores. Não fazem ideia da quantidade de memórias que despertaram. Que série, que série... agora eterna, agora feita para durar para sempre.
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