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[Review] The Vampire Diaries 4x10 - After School Special

Hora de lavar a roupa suja.


Hora de lavar a roupa suja.

The Vampire Diaries retornou para acertar alguns pontos no relacionamento do triângulo amoroso, que, espero, não venha a ser mais motivo de desavenças entre os três daqui para frente. Usar como um dos temas centrais essa parte de romance/sentimental não era algo que a série costumava fazer. Porém, era inevitável abordá-la.

Nenhuma série consegue prender o espectador sem fazer com que nos afeiçoássemos com os personagens, e TVD não havia trabalhado isso até essa temporada, pelo menos não com tanta atenção. Embora pareça um pouco tarde para trazer à tona o assunto, a transformação da personagem em vampira abriu caminhos para outras emoções, então era essencial gastar um tempo para resolver esses conflitos advindos da nova Elena que começa a surgir. 

De todos os personagens, Elena foi a que menos evoluiu. Quando ela diz, com todas as letras, que o amor por Damon não está relacionado à ligação, que preferiria aventura à estabilidade e até escolheu “desafio” no jogo, começamos a presenciar sua mudança de temperamento. Ela precisava disso, não tinha como. Depois de tudo que passou - desde mortes na família adotiva e virar vampira até o risco constante que ela causara a todos que amava -, não dava para continuar sendo a Elena sensata (ou chata, como dizem) que sempre questiona qualquer decisão radical. 

Por isso, a importância dessa cena da “professora” Rebekah. Ela foi o destaque do episódio por colocar todo mundo sentado para discutir o assunto, apesar de que a intenção era pegar um atalho na corrida pela cura do vampirismo. Sem essa oportunidade, as desilusões amorosas continuariam se estendendo pela temporada. O que mais chamou a atenção, no entanto, é a oportunidade que ela ofereceu a Stefan. 

Agora assistir The Vampire Diaries não será o mesmo. Foi perdida uma oportunidade única de levar a série a outros rumos mais promissores, se tivessem optado por apagar todas as memórias de Stefan sobre o relacionamento com Elena. Sempre ficarei pensando em como seria a vida do trio sem esse drama. Ah, poderia ser apenas sobre Damon e Elena... Nada mais de se preocupar com o que Stefan sentiria. Uma pena. (Não sou de shippar, então a situação poderia ser ao contrário que entoaria lindamente da mesma forma.) 

Enquanto isso, prossegue a busca pela cura e, no caso de Shane, da imortalidade. Esperava um pouco mais de suas intenções, visto que, até o momento, ele funcionava secretamente como um vilão do qual ninguém sabia o que esperar. Infelizmente, com as informações que tivemos, não há nenhum outro motivo surpreendente por trás dessa história. Talvez Silas seja algo a se temer, porque sabemos o quanto é perigoso trabalhar com um ser imortal. De qualquer forma, foi melhor que essa revelação (ou parte dela) acontecesse agora, para não gerar mais expectativas. 

Por outro lado, Klaus. Gosto dele como o personagem impiedoso que era no começo. Não teve nada melhor do que vê-lo despedaçando híbridos e assassinando Carol no episódio passado. Aparentemente, seu interesse em Caroline não vai mudar seu comportamento tão cedo e é melhor assim. Um Klaus inteiramente dedicado a uma "paixonite" não teria uma ideia boa quanto acelerar o processo para desvendar o mapa de caçador (sim, o Jeremy, mas já que finalmente ele tem uma função na série, vamos chamá-lo assim). 

Tenho medo de a motivação de Klaus ser Caroline, e não os híbridos, como chegou a dizer. A probabilidade é grande. De um jeito ou de outro, duvido que exista essa cura, pois seria muito arriscado se toda essa vampirada conseguisse voltar a ser humano. Acabaria TVD

Então, partimos para o núcleo aparentemente humano da série: April e, agora, o pai de Bonnie. Amo a dinâmica que April tem com Rebekah, típico de amizade de estudantes populares no high school, onde a amiga mais parece capacho. Pela situação, April vai demorar um pouco para terminar o fluxograma de toda a história. Segundo a showrunner, ela teria um papel importante nessa temporada e talvez essa denúncia ao prefeito da cidade, o qual não temos ideia de suas intenções, seja o começo disso. Mas nem precisava. A série carecia desses personagens não-sobrenaturais que causavam aquela sensação de imprevisibilidade da primeira temporada, onde eles poderiam morrer ou virarem vampiros a qualquer momento. 

Bonnie começa a demonstrar do que a magia é capaz. E ainda passamos a entender melhor o que ela significa: sem supervisão de espíritos. Ou seja, ela pode fazer o que bem entender. O problema é saber se, com essa capacidade, ela salvará todo mundo só com uma mágica e deixar aquela sensação que o desfecho foi fácil demais, conquanto seus poderes pareçam mais fortes. Por enquanto vamos observar, a série continua prometendo. 

De verdade, não entendo as críticas exageradas que insistem em dizer que The Vampire Diaries estaria à beira de um colapso. Claro, a série não está tão intensa e arrojada quanto antes. Também não tem tantas reviravoltas. Mas tudo faz parte de um desgaste natural que a maioria das séries passam. O importante é que continua prazeroso assisti-la. 


P.S.: A ideia de um spin-off sobre os Originais pode ser uma pista sobre o futuro da série, porém tenho minhas dúvidas se The Vampire Diaries e The Originals conseguiriam sobreviver sem sua “outra metade”. 
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