[Review] The Carrie Diaries 1x11 - Identity Crisis
E se não formos quem pensamos ser?
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E se não formos
quem pensamos ser?
Esse foi o dilema que ditou o
tom de Identity Crisis. Mais uma vez,
demos de cara com uma Carrie que quis resolver todos os problemas do mundo
sozinha, fazendo de tudo para isso. Tentar se passar por Larissa foi algo bem
extremo, mas quem disse que o extremo não pode ser divertido?
A fim de ascender em sua
“carreira” de estagiária na Interview, Carrie tem se esforçado e muito, diga-se
de passagem. Mentiu para o pai, sacrificou seu aniversário, deu um bolo nos
amigos e quase perdeu o namorado por causa disso. Dessa vez, encarnou Larissa Loughton
e ainda conseguiu algo inédito: entregar em tempo hábil a cocaína peruca
de Andy Warhol*. As cenas na loja de roupas envolvendo uma Carrie britânica e
mentirosa acrescidas de uma corna inconsolável e sedenta por vingança foram
impagáveis, precisamos admitir.
Quem também mostrou destaque
foi Walt. Apesar de claramente sentir que é diferente do que os outros acham
que ele seja, e que ele mesmo acha, Walt começa a aceitar aos poucos tudo que
vem acontecendo. A prova disso é a felicidade que o rapaz demonstrou com a
ideia de almoçar com Carrie em NY, que na verdade escondia uma vontade maior de
reencontrar Bennet. Os dois têm uma química muito boa, e torço para que logo
tenhamos cenas mais reveladoras de um para o outro.
Por falar em revelação, foi o
ciúme de Walt ao ver Bennet com o tal Elliot que fez Carrie confirmar aquilo
que achava, mas que ao mesmo tempo parecia improvável. Ver o estado em que Walt
ficou com a situação foi a deixa para que ela confrontasse o amigo sobre sua
sexualidade, e esta sim foi a cena mais marcante do episódio. Carrie é bastante
determinada, e mesmo vivendo numa época onde os preconceitos eram maiores, sua
inocência ao escutar Walt dizer que poderia ser gay foi bonita de se ver. A
gente já sabia que o apoio dela era certo, mas agora que tivemos a confirmação,
tudo poderá fluir ainda melhor. Meu desejo é de que Walt se aceite, o que
parecerá mais fácil, já que além de Donna e Bennet, ele agora pode contar com
Carrie.
Quem também pareceu se aceitar
foi a mãe de Sebastian, que arrisco dizer ter tido o plot mais chato deste episódio. Há muito sabíamos que ela é uma
verdadeira bitch indecisa. Completamente
nonsense, a mulher insistiu em
tentativas infundadas de voltar com o marido, levando Sebastian à loucura.
Afinal de contas, chegar para o garoto e contar sobre como andavam seus
“negócios” com o marido não foi a melhor forma de recuperar o tempo perdido com
o filho. Aparentemente, ela voltou para o ex e novamente se afastou, deixando
Sebastian mais tranquilo. Espero que ela não reapareça tão cedo.
Já papai Tom virou garanhão, e
agora vive de pegação com a moça do chiclete em lugares públicos, isso mesmo.
Foi engraçado demais ver a reação de Maggie e Sebastian ao encontrarem Tom e a
moça se enroscando dentro do carro no estacionamento em plena luz do dia. Acho
que essa nova fase do viúvo promete divertir, e fico ainda mais ansiosa para o
momento em que Carrie descobrirá esse novo lado do pai.
Finalmente tivemos uma
insinuação concreta entre Mouse e West (completamente sensual, -sqn, vestido de
mini short amarelo). Fiquei feliz ao ver que o rapaz no fundo sente algo por
ela, o que é bem recíproco, e também por terem dado fim de maneira rápida a
essa ideia de Mouse comandar o time de basquete. Essa rapidez é um dos pontos
positivos da série, que mais uma vez foi bem utilizada nesse caso. Espero que
também tenhamos rapidez no romance dos dois, pois estou bem curiosa e só faltam
dois episódios para o fim da primeira temporada de uma série que ainda não
tem certeza de renovação (mas que também não tem certeza de cancelamento).
Fiquei chateada por não ter
visto mais de Dorrit e o namoradinho avulso, mas acho que esse plot ainda voltará. Maggie e Donna não
apareceram muito, mas suas participações, mesmo que curtas, deram graça ao
episódio, que apesar de inferior a outros, mais uma vez manteve o nível de The Carrie Diaries.
*Andy Warhol foi um empresário, pintor e cineasta norte-americano, bem como uma figura maior do movimento de pop art.
P.S.: Vamos cruzar os dedinhos
pela renovação!
P.S.2: Existe forma melhor de terminar um episódio do que ao som de Take on Me? *-*
P.S.2: Existe forma melhor de terminar um episódio do que ao som de Take on Me? *-*
Músicas do Episódio:
My Sharona – The Knack
Paradise Fire – Prophecy
She Works Hard For The Money –
Donna Summer
Take On Me – A-ha