loggado
Carregando...

[Review] Spartacus: War of the Damned 3x08 - Separate Paths

O caminho da glória.


O caminho da glória.

Não faz nem uma semana que eu falei daquela sensação de continuidade, do sentimento de que Spartacus poderia e tinha história para continuar por mais um ano só para acalentar nossos corações de fã. Bastou um episódio, carregado por um tom de despedidas, para essas esperanças virem a baixo. Separate Paths é como o prelúdio de um series finale que enxerga na força dos seus personagens principais, um belo momento para mais de um réquiem sobre liberdade, luta e acima de tudo esperança, sendo o eterno Gaulês Invicto o protagonista destes momentos.

A relação de Spartacus e Crixus sempre foi explosiva, mas desde a destruição do ludus de Batiatus, que os dois irmãos da arena passaram a se respeitar. Mesmo com a tensão preexistente, o respeito só trouxe frutos como as vitórias contra o impossível (mencionadas desde o episódio anterior). O que ficou claro desde o início da temporada é que aos poucos os propósitos dos dois grandes líderes da rebelião passaram a se bifurcar. Spartacus já tinha conseguido a sua justiça e para o seu povo a liberdade seria o presente mais honesto. Crixus, no entanto, não deixou de acreditar na sede de vingança por parte de Roma, e almeja mais do que uma simples mordida no calcanhar da besta.

Nunca o Gaulês esteve tão grandioso quanto vimos e olhem que a influência de Naevia já havia tirado boa parte da sua simpatia (assim como a falta de um corte naquele cabelo). A primeira conversa que Crixus tem com Spartacus é tão verdadeira que os dois pontos de vista não soam sobrepostos um ao outro. E foi no olhar de admiração de Spartacus que senti a emoção perante um último pedido: um saque que permitisse um banquete de despedida (nada mais simbólico para aquelas almas).

Tudo o que nos leva a ter esperança quando nada mais parece possível, caiu sobre Agron, logo o seu amor por Nasir assim como a certeza de que o rapaz sempre seria mais do que ele, não pareceu piegas. Se comover era mais do que esperado, porém quando eu vi a importância que Agron deu a outros dos seus irmãos, ele ganhou ainda mais o meu respeito. Aquela declaração dada a Spartacus antes dele se permitir viver foi a mais pura prova de que a série sempre soube segurar bem o quesito emocional e bem que Spartacus merecia o seu momento com Laeta.

Se eu tenho uma reclamação a fazer, ela vem justo do núcleo romano. Crassus prometeu bem mais do que se mostrou e os motivos da picuinha Tiberius/Caesar foram chupados do que um dia Batiatus e Glauber representaram. Kore só fugiu mesmo, Caesar aparentemente tão calculista foi confrontar Tiberius sem nenhuma proteção e acabou tomando uma surra de vara bem literal e Crassus só fala que foi traído. Sério, nada mais interessante poderia vir dali? Acho que essa antipatia geral prova que os romanos não tem cacife para ganhar um spin-off e desde já eu agradeço.

A passagem de tempo estilizada para representarem as batalhas pela península itálica serviu como abertura para o final apoteótico sob a sombra dos muros de Roma. Lá, Crixus, Naevia, Agron e um contingente de rebeldes que escolheu a glória deram seus últimos suspiros antes enfrentar o caos. Não consigo expor em palavras o arrepiante “SHALL WE BEGIN!!” incitado por Crixus depois de relembrar um dos discursos mais emblemáticos de Oenomaus. Aquele do começo do fim, representado pela queda de um dos Deuses da Arena, que Crixus esteja nos braços de Júpiter.
Starz 2755859384841588836

Postar um comentário Comentários Disqus

Página inicial item